segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quase conto, quase erótico

Até pouco ainda sentia perfeitamente o cheiro de sexo. Foi uma noite alucinada, que terminou em sexo alucinante assim que amanhecia. Surpreendentemente surreal, caminhei cerca de oito quadras (voltando para casa) sorrindo como um bobo, inúmeros flashes em minha mente me deixando extasiado. Êxtase, essa é a palavra que melhor descreve. Sim, foi perfeito, eu e ele... e ela.

Era para ser somente um happy hour, jogar papo fora tomando cerveja para encerrar o domingo. Mas rumamos para um apartamento, altos papos sobre tudo, mais cervejas, todos se curtindo (até então) sem nenhuma segunda intenção. Ele quem deu a ideia, sempre ele, e daqui a pouco ele sussurrou em meu ouvido "ela topou". Ele foi tomar um banho, fiquei uns minutos com ela e em seguida ela foi para o banho. Quando ele reapareceu perguntou se eu queria uma ducha e lá fui eu.

Confesso que fiquei nervoso, não foi minha primeira experiência do gênero mas a mais excitante. Cheguei no quarto e eles já "divertiam-se", ele puxou a toalha da minha cintura e fez a cara de safado irresistível de sempre. O nervosismo fez com que eu demorasse uns 10 minutos para me soltar e me entregar. No início o mais interessante nem era participar, era o veyerismo, ver ele e ela, eles me olhando e eu me atraí muito por isso. Claro que participei, eu nele, ela em mim, ele em mim mas não eu nela, apesar de ela ter sido o fator mais excitante e atraente na experiência (quem diria?). O escorpião fisgou o peixe e a virgem. Cansávamos, descansávamos e recomeçávamos como adolescentes que recém haviam descoberto aquilo. Acho que por ele não terminaria nunca, se não fosse o cansaço por mim também.

Não sei lembrar quando fora a última vez que senti tanto prazer, tanto sangue correndo nas veias, adrenalina. Tanto que agora tento receber alguma memória perdida, algo mais e sentir novamente o mesmo êxtase que senti no caminho de volta para a casa. Mas não tem jeito, não lembro tanto quanto naquele instante, tinha recém acordado e o sonho estava mais vivo em minhas lembranças.

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