segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Aos "meus" ou aos "nossos"

Encontrar nossa turma e saber quando estamos realmente com "os nossos" pode levar um bom tempo. O certo sempre nos parece incerto e por ele ser questinável já merece nossa atenção, sempre. Quando se é adolescente geralmente parece o fim do mundo não encontrar aquele grupo perfeito de amigos. Na verdade até poucos dias eu ainda questionava qual seria a "minha turma", mas a descobri quando percebi quem não faz parte dela.

Quando saio com, me encontro ou conheço pessoas que não são "da minha praia" eu identifico nos primeiros trinta minutos ou menos. Por vezes até tenho aquela relutância, ou talvez teimosia, de "mas aquela pessoa é legal e inteligente" e tento permanecer dando corda para a forca. Mas as vezes não tem jeito, a corda enforca e vejo que o cara ou o grupo de pessoas legais e descoladas só era cool no twitter ou facebook, as vezes nem isso.

Já quando estou com "os meus" (tão típico de gaúcho chamar amigão de "dos meus") aí já nos primeiros minutos me sinto a vontade para zoar de tudo e todos ou conversar abertamente sobre qualquer coisa e também mudar de assunto da água para o vinho, tal como costumamos fazer com a programação das noites ou as bebidas quando nos encontramos.

A estranheza de minha parte quando estou deslocado rola fácil, identificar quem não nos serve como amigo ou companhia se faz muito mais fácil depois de certo tempo. Aquela coisa de saber quem não somos logo sabemos com quem não andamos. No começo pode ser necessário "experimentar" e estar no meio dos mais variados tipos de pessoas mas depois de um tempo isso cansa. Tanto que me surpreendi quando em certa noite eu (o ser que mais detesta estar sozinho neste mundo) optei por assistir televisão a ligar para os meros conhecidos, pessoas que outrora foram tudo que eu precisava para preencher o vazio de uma noite.

Muitas vezes passamos muito tempo em meio a estes que preenchem o vazio de uma noite mas depois de certo amadurecimento vamos querer mais é estar com "os nossos". Estes podem não estar tão presentes e disponíveis quanto os outros (sabe como é, gente interessante de verdade sempre tem o que fazer) mas estes eliminam o vazio de uma vida. Eu, como cansei de priorizar uma noite, agora só procuro quem, assim como eu, prioriza uma vida. Ah esses sim são dos meus.

Um comentário:

  1. Braian, às vezes é muito difícil encontrar alguém da nossa praia. Simplesmente alguém como nós, que escrevemos; Já estou acostumada com a solidão, mesmo tendo amigos de verdade ao meu lado, eu me sinto só. É da minha natureza sofrer e escrever. Mas não nego que tenho aqueles 'meus' hahaha. Que quando eu precisar, eles estarão ali, mas o importante nisso tudo... É que você não precise de ninguém para se encontrar além de si mesmo. ^^

    Beijos,
    http://eppifania.blogspot.com.br

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