sábado, 1 de junho de 2013

Tu em primeiro lugar

Sempre digo que descontrole é a alavanca para o equilíbrio, mas não quando este descontrole perde o sentido e fere alguém. Poderia ser comigo ou com alguém da minha família, mas foi com dois amigos meus. Se apaixonaram por pessoas encantadoras mas que ao ouvir o "basta" se tornaram pesadelos na vida do ex grande amor. Não são os primeiros, nem serão os últimos mas sentem a dor de um investimento sentimental falido e (porque não?) traiçoeiro, que por sorte não termina em algo pior se tornando uma tragédia, pois todos sabemos que os jornais estão cheios deste tipo de notícia como se fosse normal.

Ambos os casos se tornaram caso de polícia, com direito a B.O. e tudo. Um dos casos foi ainda mais crítico, o ex do meu amigo fez um enorme fiasco para uma vizinhança inteira ver e ouvir. Isso foi além de vergonha em frente ao público e pessoas que o viram crescer e tiveram o azar de um louco o difamar,  denegrir com sua imagem como se o que tiveram um pelo outro fosse simplesmente nada e a cena se aramando digna de uma novela das nove. Ainda bem que não vi, não é o tipo de espetáculo que enche meus olhos e renova minhas emoções.

No caso de uma amiga, ela saiu por alguns dias com um cara de renome, homem trabalhador, com imagem  e status a zelar, famoso regionalmente. Mal sabia ela que após uma tentativa de agressão por conta de um "não" ela teria de registrar boletim de ocorrência e descobriria um histórico de psicopata de filme para o, até então, bom moço. Ainda nos preocupamos com a segurança dela e esperamos que ele não volte a procurá-la.

Casos como estes ferem a autoestima de qualquer um, por vezes de forma profunda e traumática. Esse tipo de agressão pode ser irreversível. Nenhum deles, meus amigos, merece ser julgado. Hoje em dia quem está livre? Estamos sujeitos a lidar com pessoas mentalmente desequilibradas todos os dias e em todas as áreas de nossas vidas. Como vamos ler o currículo psicológico de alguém? Não há como. A única coisa que podemos fazer é apostar em investimentos lentos nas pessoas afim de desvendar um pouco mais de seu caráter.

Acredito que uma forma de se prevenir de tal situação, ao menos de se tornar um dos psicopatas descritos é fortalecendo uma das bases mais básicas de qualquer relação: o amor próprio. Sim, nós não estamos livres de enlouquecer e pirar por um "amor" também, com certeza a falta de amor próprio gera uma dependência que pode ser facilmente confundida com carência e gerar sérios transtornos. Aquele velho chavão é fato: "se tu não te amas o suficiente como amarás alguém?". Nada mais do que justo nos conhecermos mais, do melhor ao pior de nós e nos moldarmos de acordo com o que queremos de nós mesmos, caso contrário estaremos fadados a migalhas de amor que quando transformadas em um não podem gerar um assassino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário